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Você é verdadeiro? Pergunta simples, resposta simples, você é? Eu não sou.
Existem dois extremos, ou você é verdadeiro ou é falso. Nós somos falsos, “não, Marcela, eu sou verdadeiro, odeio falsidade”, mentira tua! Mais uma mentira tua. Ninguém é verdadeiro, sinto dizer, mas ninguém é. Todos falsos! A vida que tu tem é falsa, as notas que tu tira são falsas, os amigos que tens são falsos, TUDO falso. Não que isso seja predefinido, talvez nunca tenha parado pra pensar no outro lado da coisa... Quando você dispensou aquela amiga chata, aquela que você não agüenta, mas que atura, e é simpático com ela, sem saber você estava sendo falso, talvez até soubesse, mas fingiu que era simpatia da sua parte, pra amenizar a culpa, ela é uma chata e você não tem coragem de falar. Simples, você é falso e acabou.

Ser falso não é ruim, não mesmo, somos falsos a todo o momento e nem por isso nos tornamos pessoas más. O problema é a hipocrisia que há, aquelas pessoas que insistem em dizer “eu odeio falsidade” ou “odeio gente falsa”, bando de ridículos. O mais interessante, a maioria dos que falam isso normalmente tem mais de seiscentos amigos no Orkut, não gostam da metade, mas são sempre muito gentis na hora de aumentar o número de fãs.
Seja verdadeiro ao menos uma vez, consigo mesmo, admita: você é falso.

Olhe o lado positivo: admitindo isso você vai se sentir mais leve, mais verdadeiro. (Contraditório, não? Faço o que posso.)
Mas a moral disso, os extremos são claros, mas não quer dizer que você ou é só falso ou só verdadeiro. Há momentos em que a falsidade é o caminho mais curto, mais fácil, e os momentos em que a verdade é a única opção. O difícil é saber o extremo certo pra situação. Seja um pouco dos dois, no momento errado, será no mínimo divertido. Afinal, quem gosta de coisas fáceis e caminhos curtos?

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