Em tempos difíceis eu sentei na areia e pensei. Não que eu precisasse pensar, ou refletir, mas eu o fiz. Eu lembrava, a cada onda que batia em mim, um pedaço do meu passado, um passado quem sabe obscuro, quem sabe áureo, mas um passado contudo confuso.
Das coisas que fiz de errado eu lembro todas, das que fiz certo, muito poucas. Me pergunto então 'por que fazemos coisas certas se é das erradas que mais lembramos ?'. Nunca achei a resposta, mas continuo a procura-la. Sinto que a minha busca está no fim, sem certezas, parto para um futuro planejado e, de certo modo, incerto onde tudo depende de mim e ao mesmo tempo de todas as outras pessoas ao meu redor.
Não escrevo isso porque pretendo me suicidar, ou porque quero chamar a atenção, nem porque estou indo embora sem avisar ninguém, escrevo porém porque quem sabe um dia eu escreva as minhas memórias, não para os outros lerem, mas para os meus netos, bisnetos e tudo mais que Deus me der. Espero que Deus ainda acredite em min, apesar de eu não mais conseguir acreditar nele.
Se um dia alguém ler este desabafo escrito numa noite normal, com um luar perfeito, espero que essa pessoa pelo menos entenda o meu ponto de vista, e mais do que isso, passe a mensagem que eu sempre quis passar, mas que nunca tive coragem de recitar.
Das coisas que fiz de errado eu lembro todas, das que fiz certo, muito poucas. Me pergunto então 'por que fazemos coisas certas se é das erradas que mais lembramos ?'. Nunca achei a resposta, mas continuo a procura-la. Sinto que a minha busca está no fim, sem certezas, parto para um futuro planejado e, de certo modo, incerto onde tudo depende de mim e ao mesmo tempo de todas as outras pessoas ao meu redor.
Não escrevo isso porque pretendo me suicidar, ou porque quero chamar a atenção, nem porque estou indo embora sem avisar ninguém, escrevo porém porque quem sabe um dia eu escreva as minhas memórias, não para os outros lerem, mas para os meus netos, bisnetos e tudo mais que Deus me der. Espero que Deus ainda acredite em min, apesar de eu não mais conseguir acreditar nele.
Se um dia alguém ler este desabafo escrito numa noite normal, com um luar perfeito, espero que essa pessoa pelo menos entenda o meu ponto de vista, e mais do que isso, passe a mensagem que eu sempre quis passar, mas que nunca tive coragem de recitar.
Um comentário:
"Por que fazemos coisas certas se é das erradas que mais lembramos?"
Acho que essa é a pergunta errada. A pergunta que eu me faço ao ler tudo isso é: "Por que lembramos de nossos erros?"
Eu tenho uma opinião à repeito disto. É o mesmo motivo que me faz trajar luto. É o mesmo motivo que me leva a cortejar a noite em detrimento do astro rei, o Sol. É o que me leva a flertar com a tristeza e a dor. Não, eu não sou um depressivo. Por que então eu busco a tristeza? Por que, já que eu me considero tão feliz, me fascina mais o estertor que o gorjear das aves matinais?
A minha resposta é: Abominância à inanição.
A felicidade é algo pronto, completo, total. E sim, isso É maravilhoso! Mas é inerte!
Se você está feliz, isso basta. Ponto.
Se você está triste acaba de certa forma sendo compelido a buscar felicidade. Se sente dor, involuntariamente busca o alívio. E o tédio faz com que qualquer um urre por diversão.
A tristeza, assim como sentimentos ditos "negativos" são forças motrizes, te levam pra frente enquanto a meu ver a felicidade te deixa estagnado. E ninguém evolui sem sair do lugar, é preciso buscar superação.
Posso estar errado, sempre posso, mas talvez aí esteja a sua resposta, caríssimo. Lembramo-nos de nossos erros pra não cometê-los novamente. Lembramos de nossos erros por que depois de errar tivemos que fazer (ou ao menos tentar fazer) algo pra consertar, pra compensar, mesmo que apenas perante nós mesmos. Mas quando você acerta, não. Quando acerta não precisa se preocupar com as conseqüências. Você acerta e segue em frente sem mudar nada. Mas se erra, então é necessário evoluir pra poder lidar com isso.
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