Não é à volta


Sabe quando você começa a escutar uma musica e de repente a saudade bate? É a saudade. Saudade de qualquer coisa seja de um momento, de uma noite, de um beijo, qualquer coisa mesmo. Hoje aconteceu comigo.

Eu estava escutando uma musica e ela veio. Saudade. O melhor modo de saudade é quando ela aparece de surpresa, te pega despreparado, desprevenido. Chega de mansinho e quando a gente percebe, quer esquecer o presente e reviver o passado.

Hoje eu tive saudade do silêncio. Uma musica que da saudade do silêncio. Existem momentos que a gente caracteriza por um fator. Neste caso, são uma serie de momentos determinados por um fator comum: o silêncio. Não que não houvesse conversas, houvera muitas, não que não houvesse música, poucos tipos, ótimos gostos. Mas o silêncio era o mais marcante. O mais profundo, acolhedor e cúmplice silêncio imaginável.

Com certeza esses são silêncios de que me lembrarei para sempre. Numa musica, num beijo, até numa conversa, mas nunca me lembrarei destes silêncios estando em um. Há coisa que só aparecem em situações adversas.

A música? Uma qualquer. Não para mim, não para quem compartilhava o silencio comigo, mas para o resto todo. Se do que mais me recordo é o silencio, como posso compartilhar esta musica sem sons com você? Não me peça o que não pode ser feito.

Dor, sentimento aguçado


Caracteriza-se dor de maneiras diferentes dependendo do que se fala.

No esporte, no físico ou nas artimanhas, dor pode significar um bônus de coragem, um motivo a mais para continuar e fazer melhor ainda o que já esta sendo feito. A dor pode funcionar até mesmo melhor que um energético ou que a adrenalina. O sangue por sua vez tem a mesma finalidade do “Vai!” de um técnico, sendo muito usado para traçar percursos para se chegar ao objetivo.

Para a medicina, a dor é o aviso que o corpo manda quando algo esta errado. O que os médicos ainda não sabem é o que “errado” quer dizer para o nosso corpo, e nesse caso não se pode dizer muito sobre ela. Quando fazemos o que mais gostamos por muito tempo costumamos ficar cansados, um tipo leve de dor, o que não quer dizer que não gostemos.

Para os mais aflitos, dor não tem nada de físico. Perda de um amor, briga com um amigo, isto sim é o maior tipo de dor que se pode sentir. Esta dor é caracterizada por ser facilmente curada com um pedido de desculpas, um beijo ou um abraço. Porém, está é a única dor que pode matar alguém por dentro sendo tão mortal quanto à dor física.

Para os que têm objetivos, a dor pode não transparecer, sendo um modo intermediário entre a dor física e psicologia. Ter uma missão interrompida, ou pior ainda, ter de abandonar um objetivo, são coisas que não podem ser reparadas e deixam cicatrizes mais profundas e feias do que qualquer acidente. Esta dor pode ser disfarçada, mas não curada.

Talvez o sangue e as lágrimas queiram dizer algo, mas há coisa que nem atletas, nem médicos, nem mesmo os mais apaixonados sabem ainda: por que sentimos tanto prazer em ter dor quando temos tudo o que queremos se a dor é o que mais detestamos? Quem sabe o “olhar para trás” também queira dizer algo.