Ah, o verão.

Há de haver homens bons num mundo seco pelos segredos. Dize-se nada sobre o que se quer em sonhos putridos e fálicos. Ter-se-ía mais felicidade se todos fizessemos o planejado para os animais irracionais.
Não há, por termos, salvação as almas nossas nos corregos limpos em que corremos. Nossas vidas, dominadas e levadas pelas mãos daqueles que não se importam com o que sentimos, se é que ainda sentimos algo. Seria nossa escapatória a fuga de antemão dos preceitos alheios passados através de gerações?
Não corra, não se esconda, não regorgite idéias aquém do seu tempo tentando libertar aquilo que sequer está preso, mas que nossa mente teima em dizer-nos que devemos fazer algo. Nada se deve dizer do resto, aquilo que é certo, aquilo que é bom, aquilo que queremos e, por nós mesmos, aquilo que não temos.
Nada se deve fazer quanto a opressões sólidas e anarquistas de partidos da direita, da esquerda, do centro, do paralelepípedo, dos bueiros; esses já estão enterrados bem acima de nós.
Pense em sí mesmo, faça pelos outros, diga pelos desconhecidos, ame pelos seus inimigos. O mundo, esse não mudará, ele não muda, não quer mudar, você, que não pode correr, se esconder, vive como pode, nas sombras dos próprios erros causados pelos acertos dos outros e acerca de vitórias esquecidas pelas canções não mais recitadas. Tudo isso não passa de histórias contadas em aquários cheios de tubarões e piranhas, sendo que essas últimas cobram caro.

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