Ah cara, tu encostou...


Aos bravos e indecentes, por sim e não, ao ver da fera, serão os tolos. Aqueles que lutam, não os que conquistam, sabem o fardo de se carregar os pesos adquiridos outrora por erros humanos. Aqueles que enriquecem sabem o valor das coisas, sabem que as coisas não tem valor. Sabem eles que, por correntes enferrujadas, por cordas pelo tempo desgastadas, serão sempre os reis. O que os leigos queriam não passava de paz.

As lutas da humanidade são, eram, serão, sempre as mais tolas possíveis. Não salve as baleias, nem a Amazônia, muito menos o Ártico, salve a si mesmo, no fim, é a única “coisa” que importa. O que se busca não é a maldita “paz de espírito”, ou é, depende do ponto de vista, mas o modo de alcançá-la mudou muito de tempos pra cá. O dinheiro, asas do inferno, pão dos necessitados, ainda comanda o mundo a qual vivemos, tentamos, mal conseguimos.

Quem sabe um dia sejamos resgatados, nunca, por aqueles que crêem, de modo vil, que a raça humana precisa de paz e desligamento dos bens materiais. Mas já se tornou um esquema tão complexo, que desfazê-lo levaria mais de um milênio. Tentativas fúteis, falhas, fracas, já foram feitas e o sucesso se torna cada vez mais difícil.

O que basta a nós é a compreensão do mundo. Não a compreensão do mundo alheio, mas do nosso mundo, o mundo que criamos para nós, para alimentar egoísmos próprios sem sermos incomodados, para planejar como derrubar ditadores fétidos do poder, para pensar em um novo estilo de roupa.

Não me importo mais aonde os meus pensamentos irão parar, desde que circulem. Não vos escrevo mais para ser entendido. Não vos digo mais nada para ser ouvido. Não mais vos mostro o caminho, pela certeza de que não o seguirão. Descansem em paz, daqui, nada levarão.

2 comentários:

Mateus Müller disse...

"Buscar... Quem outrora disse
estaria errado, seria quem sabe o porvir?
A umbra do silêncio resiste
enquanto a verdadeira paz, chega ao fim..."

Cara! Super bacana. Mais uma vez, me vi no teu texto! Abraaaaço Dri!

Miguel Sacri dos Anjos disse...

Cara. Esse foi o melhor. Dos teus textos. Que eu já li.