Hey little world!


Pois é, tanta mudança do lado de cá e eu sem mandar notícias pro lado de lá. Pensa bem: Orkut as moscas, Twitter é um ninho abandonado, MSN não serve pra nada, meu Flicker é cego. ‘Tá certo que eu não tenho muito tempo para isso, mesmo assim não custa provar para o mundo que eu existo.

Na verdade estou tentando fazer isto da melhor forma possível – sendo reconhecido. Tenho trabalhado para fazer o meu nome na praça e também tenho participado de concursos. Coisas que todo mundo faz. Na verdade, penso até em mudar meu ramo de atuação. Novidades, novidades, novidades. O certo é que nada muda. Tudo bem que eu tenha crescido neste um ano escrevendo aqui, mas eu continuo o mesmo garotinho que brotou aqui um dia e ficou feliz quando recebeu um elogio de alguém desconhecido.

O fato é que eu tenho andado entediado. Serviço entedia, faculdade entedia, tédio entedia. Preciso de coisas novas, preciso me renovar, nascer de novo. Mas não neste país. Não com os mesmos amigos. Preciso que seja quase tudo novo.

Sim, começar do zero. Quem sabe ir morar na serra ou perto de um lago congelado. Escolher melhor as minhas amizades, mas nem tanto. Ter inimigos mais desafiadores, que me cobrem mais. Ter mais esperança nas pessoas. Amar pessoas que amei e outras que odiei. Ir atrás dos meus sonhos, mas não desistir só porque o mundo deu as costas pra mim. Ser mais convicto no que eu quero e sim, querer o que eu quero. Não ser desleixado com as minhas vontades. Talvez não querer ser tão rico e até mesmo viver sem ter muita coisas e ainda sim se sentir bem com isso.

Me mudar por completo, virar outra pessoa. Pintar, finalmente, o cabelo de azul. Assumir que existem seriados tão legais quanto desenhos animados. Praticar mais exercícios e dedicar mais tempo a esses. Correr uma meia maratona e terminá-la, nem que em último. Aprender inglês em um curso até saber soletrar de trás pra frente “How are you?”. Aprender alemão e não desistir por achá-lo difícil.

Talvez até eu deva ser uma pessoa melhor, não sendo tão chato. Ajudar a quem precisa com mais freqüência. Ser solidário, bondoso. Quem sabe eu deva rezar mais, acreditar mais e pedir coisas a Deus com mais freqüência.

Todas as mudanças que a gente vislumbra são aquelas que acabamos não fazendo. Um dia eu pensei em ser designer, desisti pra ganhar mais dinheiro, pensei em correr uma meia maratona, mas desisti por não me achar capaz, pensei em pintar o cabelo de azul, mas desisti pra parecer mais com a multidão. Tenho um professor que diz que idéia é aquilo que esperamos que aconteça e oportunidade é aquilo pelo qual nós lutamos por. Cabe a vida decidir se ele está certo ou errado.

Até agora ele está ganhando.

Um comentário:

Mateus Müller disse...

Traduziu tudo que eu tô vivendo.

Cara, foda demais!