Não é à volta


Sabe quando você começa a escutar uma musica e de repente a saudade bate? É a saudade. Saudade de qualquer coisa seja de um momento, de uma noite, de um beijo, qualquer coisa mesmo. Hoje aconteceu comigo.

Eu estava escutando uma musica e ela veio. Saudade. O melhor modo de saudade é quando ela aparece de surpresa, te pega despreparado, desprevenido. Chega de mansinho e quando a gente percebe, quer esquecer o presente e reviver o passado.

Hoje eu tive saudade do silêncio. Uma musica que da saudade do silêncio. Existem momentos que a gente caracteriza por um fator. Neste caso, são uma serie de momentos determinados por um fator comum: o silêncio. Não que não houvesse conversas, houvera muitas, não que não houvesse música, poucos tipos, ótimos gostos. Mas o silêncio era o mais marcante. O mais profundo, acolhedor e cúmplice silêncio imaginável.

Com certeza esses são silêncios de que me lembrarei para sempre. Numa musica, num beijo, até numa conversa, mas nunca me lembrarei destes silêncios estando em um. Há coisa que só aparecem em situações adversas.

A música? Uma qualquer. Não para mim, não para quem compartilhava o silencio comigo, mas para o resto todo. Se do que mais me recordo é o silencio, como posso compartilhar esta musica sem sons com você? Não me peça o que não pode ser feito.

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