Ensaio: Homem. Prefácio.

Se o Mundo fosse dividido em quatro ensaios, quais seriam eles? Eu escolhi os seguintes: Homem, Terra, Dinheiro e Deus. Justamente por que não acho que exista algo que não está relacionado a pelo menos um destes itens. Dentre os quatro ensaios, começarei justamente pelo mais longo, o Homem.

Como explicá-lo? Como entendê-lo? E mais um monte de Como?’s que você pode se fazer continuarão sem respostas depois de ler todo o ensaio. Mesmo assim, vale à tentativa.

O homem em si não serve a propósito algum, o que o impulsiona é a quantidade. Quantidade de homens a seu dispor, quantidade de dinheiro a seu dispor, quantidade de qualquer coisa, desde que esteja a seu dispor. Não há homem sem ambição. Seja uma ambição branda, disfarçada, leve, seja uma ambição forte, poderosa, dominadora. A ambição é uma das melhores amigas do homem, o acompanhando desde que era preciso criar estórias para contar o passado. O homem tem uma tendência natural à ceder a ambição, ficando a mercê da mesma em muitos momentos. Todo homem sabe controlar sua ambição, desde que ele saiba que isto resulte num premio, ou seja, uma ambição disfarçada de caridade, mas para o bem próprio.

O homem é um ser fantástico. Ele se distingue dos outros animais, dentre outras coisas, por ser completamente divisível. Vou explicar. Se pegarmos uma raça qualquer que não seja a humana, na pior das hipóteses, a esmagadora maioria da raça faz as mesmas coisas e se comporta da mesma maneira, agindo mais por instinto. Já os homens são diferentes. Eles sabem o que querem, e por isso são guiados pela ambição, pelo faro de idéias. Se reduzirmos o mundo a dez mil humanos, teremos uns dois ou três mil “tipos” de homens. Porém, sabemos que foi justamente esta diversidade que fez com que nos déssemos tão bem com qualquer lugar que estejamos.

Uma outra característica marcante no homem, é o amor. Já foi provado cientificamente que há vários animais que amam, não somente os humanos, mas nenhum dos outros se sacrifica tanto por algo nem sempre vantajoso. Apesar do amor fazer bem quimicamente, ele nem sempre é um upper fisicamente. Como tese, proponho a Teoria da Regra de Dois.

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