Eu tenho tanta coisa para escrever que eu simplesmente não consigo fazê-lo.
Essa última semana foi realmente difícil e conturbada, sem falar em outras coisas chatas que só deveriam acontecer às vezes. Enfim, ela acabou. Por sorte, outra acaba de começar. Mais uma semana agüentando tudo o que tenho que agüentar. Aquele tipo de coisa que não se pode mudar, que não se pode opinar sobre, que só se pode agüentar mesmo. Lamento muito por ainda existirem coisas assim. Vou levando como posso.
Minha vida pessoal parece deixada de lado agora que tive o tempo necessário para pensar em mim. Meus anseios, meus sonhos, minhas vontades e vaidades – todos foram deixados de lado por uma semana. Nada que mude o passado, mesmo porque eu não quero. Mas isso tudo o que me ocorreu não foi nada comparado ao que tive de presenciar deveras vezes: a ignorância.
O sonho de todo o rato não é ser o gato, e sim ser o cachorro.
Assim eu me sinto, um gato. Não, não me sinto o rato, mas também não me sinto o cachorro, não há compatibilidade com ambos. Caço e sou caçado, engano e sou enganado, tiro proveito e sou aproveitado. Um dia da caça outro do caçador, afinal. Não me apego a esses ditados ditos populares. Não me importo em como ficarei na sociedade, desde que eu esteja no topo da pirâmide.
Uma sociedade que já não se importa com valores tradicionais – quem se importa? –, que já não respeita os outros, seja como um todo ou individualmente. Se isso ocorre com tal freqüência por que eu, um nada no meio de muitos, iria jogar o jogo deles a fim de me tornar só mais um vassalo? Não me permito derrapar nessas estradas que eles pavimentam com moedas de prata, permito-me sim um excesso de velocidade, de modo a sair dali mais rápido, sem falar na adrenalina resultante.
Enfim, a ignorância impera e me incomoda cada vez mais. Quando eu era menor sempre me irritava quando alguém me corrigia, mas hoje eu agradeço aos que, de modo astuto ou não, o fizeram. Já não consigo mais ficar indiferente perante um erro claro. Já disse minha mãe – Para de me corrigir guri, tu nem experiência têm. Não tenho mesmo, mas será que isso faz diferença a essa altura? Não, não faz. Eles não querem mais a experiência, Eles querem a sábia juventude, que está mais sábia do que nunca.
Dominação global não é mais aspiração, é realidade.
Eles não quiseram abrir os vidros do carro para não estragar o penteado, mas nós abrimos o vidro somente para que nossos penteados pudessem ser desfeitos.
A realidade? Nós lá e eles cá. Assim como num carrossel, giramos num mesmo eixo ao encontro do nada inevitável. Grande coisa que morramos um dia, isso não significa que não podemos aproveitar até lá. Pelo contrário, diz justamente que, já que temos uma vida curta, temos que cumprir nossos deveres cedo, para assim, e só assim, termos uma vida adulta descansada. A velhice só serve para se jogar xadrez e virar modelista.
Não queira me entender, afinal, você já o fez.
Essa última semana foi realmente difícil e conturbada, sem falar em outras coisas chatas que só deveriam acontecer às vezes. Enfim, ela acabou. Por sorte, outra acaba de começar. Mais uma semana agüentando tudo o que tenho que agüentar. Aquele tipo de coisa que não se pode mudar, que não se pode opinar sobre, que só se pode agüentar mesmo. Lamento muito por ainda existirem coisas assim. Vou levando como posso.
Minha vida pessoal parece deixada de lado agora que tive o tempo necessário para pensar em mim. Meus anseios, meus sonhos, minhas vontades e vaidades – todos foram deixados de lado por uma semana. Nada que mude o passado, mesmo porque eu não quero. Mas isso tudo o que me ocorreu não foi nada comparado ao que tive de presenciar deveras vezes: a ignorância.
O sonho de todo o rato não é ser o gato, e sim ser o cachorro.
Assim eu me sinto, um gato. Não, não me sinto o rato, mas também não me sinto o cachorro, não há compatibilidade com ambos. Caço e sou caçado, engano e sou enganado, tiro proveito e sou aproveitado. Um dia da caça outro do caçador, afinal. Não me apego a esses ditados ditos populares. Não me importo em como ficarei na sociedade, desde que eu esteja no topo da pirâmide.
Uma sociedade que já não se importa com valores tradicionais – quem se importa? –, que já não respeita os outros, seja como um todo ou individualmente. Se isso ocorre com tal freqüência por que eu, um nada no meio de muitos, iria jogar o jogo deles a fim de me tornar só mais um vassalo? Não me permito derrapar nessas estradas que eles pavimentam com moedas de prata, permito-me sim um excesso de velocidade, de modo a sair dali mais rápido, sem falar na adrenalina resultante.
Enfim, a ignorância impera e me incomoda cada vez mais. Quando eu era menor sempre me irritava quando alguém me corrigia, mas hoje eu agradeço aos que, de modo astuto ou não, o fizeram. Já não consigo mais ficar indiferente perante um erro claro. Já disse minha mãe – Para de me corrigir guri, tu nem experiência têm. Não tenho mesmo, mas será que isso faz diferença a essa altura? Não, não faz. Eles não querem mais a experiência, Eles querem a sábia juventude, que está mais sábia do que nunca.
Dominação global não é mais aspiração, é realidade.
Eles não quiseram abrir os vidros do carro para não estragar o penteado, mas nós abrimos o vidro somente para que nossos penteados pudessem ser desfeitos.
A realidade? Nós lá e eles cá. Assim como num carrossel, giramos num mesmo eixo ao encontro do nada inevitável. Grande coisa que morramos um dia, isso não significa que não podemos aproveitar até lá. Pelo contrário, diz justamente que, já que temos uma vida curta, temos que cumprir nossos deveres cedo, para assim, e só assim, termos uma vida adulta descansada. A velhice só serve para se jogar xadrez e virar modelista.
Não queira me entender, afinal, você já o fez.
2 comentários:
Eu imagino que isso seja uma citação de ficção certo?
dá uma olhada ao redor, tá cheio de gente especial e inteligente, mas eu acho que tu não conhece as muitas que até tão pertinho de ti, né?
Como tu pode julgar a tal ignorância se tu não para pra viver no mundo?
Dá uma voltinha no mundo e escuta os outros e para de comer sabão.
Adriano, do jeito que tu falas até parece que a nossa geração realmente tem futuro. Mas sabe que eu acho que justamente onde tu fostes mais otimista a generalização foi uma total inverdade? Não só a geração passada, mas também a nossa própria se entrega à mercê da ignorancia e do obscurantismo de crenças vãs e fundadas tão somente na fragilidade do espírito humano, com a mais nobre das intenções, mas com o mais vil dos resultados. E quando um resultado se repete por muito tempo ele logo se prova intenção, assim sendo, como diria Nietzsche, a própria intenção se defasa diante da análise lógica dos fatos. Assim sendo, nada há em tais crenças de valor a que se possa apegar.
Pessoa de nome desconhecido que postou antes de mim: 'cê realmente acha que tem gente inteligente assim, vivendo ao nosso redor? Peloamordedeus, me diz onde tu mora, eu vou me mudar praí. Porque quando EU olho ao redor tudo que eu vejo são pessoas medíocres, conformadas com uma vida totalmente ignóbil(ou pior, almejando isso!).
Eu passo um por um meus 150 contatos do orkut (todos pessoas com as quais tenho algum nível de relacionamento no mundo 'real') e tenho que me conformar com o fato de que apenas 10 deles tem uma mente realmente ativa!
Sinto muito, mas só vejo duas possibilidades: ou TU és uma pessoa de intelecto tão baixo que consegue encontrar facilmente pessoas cuja "sapiência" te impressiona ou tu és a criatura mais patéticamente otimista que eu já tive o desprazer de tomar conhecimento.
Já que eu citei Nietzsche antes de modo tão débil, permitam fazer-lhe jus com um de seus pensamentos que vem muito a calhar diante dessa discussão: "A humanidade é o rascunho necessário para que um ou dois Gênios possam surgir."
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