Agradecimentos.


Aos corações amargurados das crianças que já não mais brincam de bola como antes.

Aos amantes lívidos que agora sentam e esperam o chá das cinco.

Aos desesperados que aguardam a hora certa de explodir e levar tudo consigo.

Aos constrangidos que desejam do fundo dos seus corações ficarem sozinhos.

Aos pobres que, por certa razão, não sabem ao menos ler o que aqui escrevo.

Aos de boa e má índole, afinal cota só para negros, pardos e indígenas.

Aos homens que apertam mãos com força, só para provar o que não têm.

Aos seres obscuros e invisíveis que somem ao primeiro sinal de qualquer coisa.

Aos que sabem aquilo, ao que não sabem, aos que querem saber e aos que engatinham.

Aos que buscam sonhos, metas, realizações, quem sabe até, planos.

Aos que querem ter uma vida digna, independente do que pareça para os outros.

Aos de, por decência, influencia ou vocação, são de fé verdadeira.

Aos que, por mais que tentem, não conseguem acreditar no que os outros dizem.

Aos nobres, servos, vassalos, escravos, mercadores, rainhas, reis, cães e coelhos.

Aos reais, imaginários, abstratos, contemporâneos, céticos e verdadeiros.

Aos calhordas, aos infames, aos puros, aos secos e frios, aos inventáveis.

Aos que, de alguma maneira, me fizeram pensar.

Aos que se propuseram a me desafiar, aos que tentaram e também aos que conseguiram.

Aos que querem, aos que irão querer, aos que queriam, aos que não sabem conjugar.

Aos sins, aos nãos, aos ‘talvez’, aos ‘quem sabe’, aos ‘um dia’,

Aos que me ouviram, aos que me viram, aos que me escutaram e aos que me leram.

Aos que me aturaram, aos que me fortaleceram, aos que me destruíram.

Aos que sabiam, aos que iriam saber, aos que sabem e aos que ainda tentam saber.

Aos que amei, aos que amo, talvez até aos que amarei,

Aos fictícios, aos naturais, aos gráficos, aos geográficos, aos esquematizados.

Aos que dançaram, aos que cantaram, aos que compôram.

Aos que me ajudaram, aos que atrapalharam, aos que opinaram.


Meu muito obrigado.

2 comentários:

Jai disse...

Companhia Zaffari Bourbon, Qualidade De Vida.

Quem é pobre é obrigado a não saber ler?

Miguel Sacri dos Anjos disse...

"Confisões blá-blá-blá", isso é tudo recalque, criatura infame? Tu não achou argumento pra criticar o texto e defasou o sentido de uma frase ou tu realmente é suficientemente burro pra não conseguir entender que: "Aos pobres que, por certa razão, não sabem ao menos ler o que aqui escrevo.", não significa exatamente o mesmo que "A todos os pobres, que, por conseguinte, também são analfabetos"?

Tem gente que realmente estraga meu dia, viram como eu tenho razão em me desesperançar e desesperar diante da humanidade tal qual ela se afigura e se consolida, cada vez mais estúpida diante de nós? É esse tipo de gente que me faz pensar assim... ¬¬'